quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Real felicidade



Fazer alguém feliz é algo bastante simples, mas o ser humano, como sempre, tem o poder de complicar as coisas.
E se enrola de tal forma que sua maior dificuldade é manifestar sua gratidão.
Quando vai fazê-lo sempre pensa numa recompensa material, um presente ou algo no gênero.
Mas nem sempre é o que a outra pessoa estava precisando ou querendo.
Quantas vezes não andamos quilômetros de vitrines procurando um presente especial para nossa mãe, sendo que aquilo que ela mais queria era a nossa companhia. Ou um abraço forte passando toda nossa energia.
E assim é com os pais, filhos, amigos, chefes, subalternos…
Como somos materialistas sempre pensamos em manifestar o nosso carinho de maneira palpável.
E como estamos sempre correndo e ocupados, não temos tempo sequer para perceber as necessidades e desejos das pessoas que estão próximas de nós. Para compensar, compramos alguma coisa.
Afinal é sempre mais barato do que doar-se. É bem mais fácil do que ativar a nossa percepção.
Além de ser bem mais cômodo. O ser humano tem o poder (que ele próprio desconhece) de se comunicar através do sentimento, do olhar, do pensamento, do tato. Mas insiste em usar apenas o bolso. É a cultura materialista.
Como se pode ver, para fazer alguém feliz basta ter sensibilidade, percepção, sabedoria e amor sincero.
Estas sim, são as maiores riquezas do ser humano.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Não se espante....

Não se espante com os problemas, nem se deixe levar pela maré; o que hoje parece ser o fim, pode ser recomeço;
pode indicar um novo caminho, mesmo entre pilhas de destroços; como os japoneses depois da bomba atômica, encolhidos entre o sentar e chorar pelos mortos, ou pegar uma pá e reconstruir.

Talvez a sua vida pareça destruída por uma bomba, talvez você também esteja se sentindo encolhido, pequenininho entre as dores dos escombros, e o que sobrou de você é muito pouco…

Mas eu lhe garanto que o dia se abre em POSSIBILIDADES e que depende da sua decisão entre sentar e chorar ou pegar uma pá e reconstruir, remover os cacos e com os pedaços que se espalharam: construir.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

A Lição da Tartaruga

Eu percebia que meu comportamento aborrecia muito os meus pais, porém pouco me importava com isso. Desde que obtivesse o que queria, dava-me por satisfeito. Mas, é claro, se eu importunava e agredia as pessoas, estas passavam a tratar-me de igual maneira.



Cresci um pouco e um dia percebi que a situação era desconfortante. Preocupei-me, mas não sabia como me modificar.



O aprendizado aconteceu num domingo em que fui, com meus pais e meus irmãos, passar o dia no campo. Corremos e brincamos muito até que, para descansar um pouco, dirigi-me à margem do riacho que corria entre um pequeno bosque e os campos.



Ali encontrei uma coisa que parecia uma pedra capaz de andar. Era uma tartaruga. Examinei-a com cuidado e quando me aproximei mais, o estranho animal encolheu-se e fechou-se dentro de sua casca.



Foi o que bastou. Imediatamente decidi que ela devia sair para fora e, tomando um pedaço de galho, comecei a cutucar os orifícios que haviam na carapaça. Mas os meus esforços resultavam vãos e eu estava ficando, como sempre, impaciente e irritado.



Foi quando meu pai se aproximou de mim. Olhou por um instante o que eu estava fazendo e, em seguida, pondo-se de cócoras junto a mim, disse calmamente: “Meu filho, você está perdendo o seu tempo. Não vai conseguir nada, mesmo que fique um mês cutucando a tartaruga.

Não é assim que se faz. Venha comigo e traga o bichinho.”



Acompanhei-o. Ele se deteve perto da fogueira acesa e me disse: “Coloque a tartaruga aqui, não muito perto do fogo. Escolha um lugar morno e agradável.”

Eu obedeci. Dentro de alguns minutos, sob a ação do leve calor, a tartaruga colocou a cabeça de fora e caminhou tranquilamente em minha direção.



Fiquei muito satisfeito e meu pai tornou a se dirigir a mim, observando:

“Filho, as pessoas podem ser comparadas às tartarugas. Ao lidar com elas, procure nunca empregar a força. O calor de um coração generoso pode, às vezes, levá-las a fazer exatamente o que queremos, sem que se aborreçam conosco e até, pelo contrário, com satisfação e espontaneidade.”

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Esforço

A turbulência no mar serve para testar os navios, os mais fortes serão os mais usados e valorizados.

Os ventos fortes testam a resistência dos carros, quanto menos impacto, mais velozes.

O carbono que passa por maiores pressões vira diamante, o que escapa das pressões, vira grafite.

Nós…

Queremos a fruta, mas poucos querem subir no pé e apanhá-la.
Queremos o arroz, mas poucos se dispõem a plantá-lo.
Queremos o casamento duradouro, mas na primeira provação, pedimos a separação.
Queremos filhos maravilhosos, mas não sabemos dizer não.
Queremos um mundo de paz, mas quantos vivem essa paz em suas casas?
Queremos sempre a verdade, mas vivemos contando mentiras.
Queremos a saúde perfeita, mas nos alimentamos mal, andamos pouco, nos agitamos muito.

O que está acontecendo com você? Quando coloca a cabeça no travesseiro e pensa no seu dia? Você está feliz ou molhando o travesseiro com lágrimas?

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Energia chamada amor

O tempo todo estamos sendo bombardeados por energias. Talvez você não acredite na força que elas têm, mas vamos parar e pensar um pouquinho…
Não conseguimos ver as ondas de rádio, mas sabemos que existem, pois quando ligamos o aparelho o som está lá.
Não vemos o Raio-X, mas sabemos que ele existe. Se ficarmos expostos muito tempo numa sala com essa energia, ficaremos doentes.
Quantos tipos de energia que não vemos, mas sabemos que nos atinge, para o bem ou para o mal ?
Quantas vezes ligamos a televisão e vemos notícias catastróficas?
Quantas vezes xingamos nosso vizinho porque ele não segurou a porta do elevador?
Quantas vezes ficamos irritados com uma fechada no trânsito?
Tudo isso gera uma energia em nós que nos deixa mal.
Chegamos no trabalho ou em casa bufando de raiva.
Isso mesmo: raiva por tantas energias negativas que nos assolam todos os dias.
Pois bem, existe uma energia chamada AMOR.
Podemos transformar essas energias negativas com pensamentos positivos.
A energia mais positiva que temos em nós é o amor.
Se treinarmos essa energia que todos nós temos em abundância, teremos dias mais felizes.
Como fazer para praticar esse sentimento?
Abraçando as pessoas que você mais gosta, mas tem que ser um abraço verdadeiro, não aquele de lado como quem já está indo embora.
Dê um sorriso para as pessoas na rua. Muitas vezes elas nos olham e nem sabemos que elas passaram por nós.
Quantas vezes queremos dizer “Eu amo você” para nossos filhos, esposas, mãe e não dizemos?
Existem vários tipos de amor: aquele que sentimos pelos pais, pelo namorado, pelos animais e pelos amigos.
Temos vergonha de dizer e de sentir esse amor, mas não temos vergonha de xingar alguém no trânsito.
Se praticarmos esse sentimento, perderemos a vergonha e receberemos energias que alimentarão nossa alma para enfrentarmos nossos dias agitados.
E poderemos melhorar o sentimento do mundo.
Quanto mais energia soltarmos, mais teremos de volta esse amor.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Escolhas

Se eu pudesse escolher, seria feliz por, pelo menos, oito horas por dia.
Todos os dias.
Reservaria o tempo restante para viver as pequenas agruras naturais.
Mas seriam leves.
Porque haveria a certeza de que a cada dia eu teria a minha cota de felicidade.
Se eu pudesse escolher, reservaria algumas horas, todos os dias,
para fazer só o que pudesse fazer os outros felizes.
Dedicação total.
Se eu pudesse escolher, pararia qualquer coisa que estivesse fazendo
às cinco horas da tarde e me sentaria para assistir ao pôr-do-sol.
Escolheria lugares especiais.
Procuraria não me repetir muito.
O horário do pôr-do-sol seria algo assim, sagrado.
O meu horário para observar a Deus.
Se eu pudesse escolher, viveria entre o mar e as montanhas.
No meio do caminho.
Nem muito longe de um, nem muito longe do outro.
Plantaria flores, teria vasos na janela, muitos livros na cabeceira da cama e à noite, depois do trabalho – sim, porque se eu pudesse escolher trabalharia sempre, produziria sempre – eu me sentaria para contemplar o céu, as estrelas, a noite.
Se eu pudesse escolher, sorriria sempre.
Mas choraria também, às vezes, para não esquecer o que a lágrima significa.
Viver só de sorrisos não é uma boa opção.
Se eu pudesse escolher, faria uma declaração de amor todos os dias.
Só para sentir aquele sabor de ridículo que nos enche a alma e que é imprescindível à felicidade.
Se eu pudesse escolher, plantaria sementes e “perderia” horas vendo-as germinar e lamentaria por aquelas que não conseguissem se transformar em flor.
Se eu pudesse escolher, viveria a vida de uma forma mais leve, menos dolorosa, mais intensa, menos angustiante.
Nem sempre temos como opções as escolhas que faríamos se pudéssemos escolher.
Mas há escolhas que nos são oferecidas sempre.
A de provocarmos sorrisos, de abraçarmos, de dizermos que amamos para quem amamos mesmo que eles não entendam o que é amor.
A possibilidade de transformarmos dentro de nós o cenário e aprendermos que, como não temos muitas escolhas, precisamos viver quinze minutos de felicidade com tanta intensidade que eles
possam ser transformados em horas, dias, meses, no tempo que escolheríamos.
Se pudéssemos escolher.