Pense antes de falar.

Dona Rute era muito fofoqueira, falava mal de todo o mundo. Quando ia confessar-se, dizia ao padre que sua maior dificuldade era "segurar" a língua. Este a ouvia com paciência, aconselhando-a a controlar- se mais. Ela, porem, não se corrigia e sempre voltava ao padre para falar da mesma dificuldade.
Até que um dia, ao confessar o mesmo vício, recebeu do padre uma incumbência: deveria encher um saco de penas e trazê-lo na semana seguinte. Ela passou varios dias juntando as penas e, quando o saco estava cheio, apresentou-o ao padre que, sorridente, lhe falou:
__ Muito bem, dona Rute. Agora preciso que a senhora ainda me faça um favor. Acompanha-me até o alto da torre da igreja.
E assim dona Rute acompanhou o padre sem entender muito bem o significado de tudo aquilo. Chegando à torre, o padre continuou:
__ Abra o saco e jogue as penas daqui para baixo.
Dona Rute obedeceu. Bastaram alguns minutos para que as penas se espalhassem pelo ar. Nesse momento o padre, olhando para ela, pediu-lhe que fosse às ruas e recolhesse todas as penas de volta.
__ Isso é impossivel, padre! __ exclamou perplexa Dona Rute.
__ Pois bem, dona Rute __ disse ele. __ Assim acontece com as suas palavras: espalham-se e não sabemos onde vão parar, sendo impossível traze-las de volta.
MORAL DA HISTORIA: Cada palavra proferida vai ao espaço para nunca mais voltar, podendo servir tanto para construir quanto para destruir. Pense antes de falar pois, assim como as penas, suas palavras se espalharão e não mais será possivel traze-las de volta.