quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Um homem morreu. Possuía 17 camelos e 3 filhos.


Um homem morreu. Possuía 17 camelos e 3 filhos.
Quando seu testamento foi aberto, dizia que a metade dos camelos seria do filho mais velho, um terço seria do segundo e um nono do terceiro.
O que fazer?
Eram dezessete camelos; a metade seria dada ao mais velho.
Então um dos animais deveria ser cortado ao meio?
Isso não iria resolver, porque um terço deveria ser dado ao segundo filho. E a nona parte ao terceiro?
É claro que os filhos correram em busca do homem mais erudito da cidade, o estudioso, o matemático. Ele raciocinou muito e não conseguiu encontrar a solução – matemática é matemática.
Alguém sugeriu: “É melhor procurarem alguém que conheça sobre camelos ao invés de matemática”. Foram então ao Sheik da cidade, um homem bastante idoso, inculto, porém sábio por sua experiência. Contaram-lhe o problema.
O velho riu e disse:
“É muito simples, não se preocupem”.
Emprestou um dos seus camelos – eram agora 18 – e depois fez a divisão.
Nove foram dados ao primeiro filho, que ficou satisfeito.
Ao segundo coube a terça parte – seis camelos;
e ao terceiro filho, foram dados dois camelos – a nona parte.
Sobrou um camelo: o que foi emprestado.
O velho então, pegou seu camelo de volta e disse: “Agora podem ir”.
Essa estória foi contada no livro “Palavras de fogo”, de Rajneesh.
Serve para ilustrar a diferença entre a sabedoria e a erudição. Ele conclui dizendo:
“A sabedoria é prática, o que não acontece com a erudição.
A cultura é abstrata, a sabedoria é terrena; a erudição são palavras e a sabedoria é experiência”.

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