Às
vezes lembro do tempo de escola, de quando preocupações ou grandes problemas
seriam no máximo tirar uma nota baixa na prova, ou então chegar atrasado e
encontrar os portões fechados.
Lembro
do clima harmônico e do falatório na sala de aula, do engraçadinho da turma,
das aulas de português, de matemática em que eu me saía muito bem, do jeito
esquisito do professor de geografia, e da tão esperada aula de educação física.
Na
verdade o dia mais esperado da semana, não porque iríamos nos exercitar com
algum daqueles alongamentos chatos, mas pelo fato de que iríamos poder correr,
pular e brincar de pique-pega, sem que os gritos severos do inspetor soassem
como ameaça para acabar nossa diversão.
Lembro
de como era gostoso quando batia o sinal do recreio e saíamos correndo das
salas, direto para o pátio comer um lanche, comprado na cantina ou trazido de
casa embrulhado no papel laminado e numa garrafinha térmica com suco.
Quando
chegava a hora de ir pra casa e batia o sinal, tínhamos uma certeza tão gostosa
de que alguém lá fora estaria esperando pela gente. Parecia tudo tão perfeito…
Anos
depois, é… estamos nós aqui, adultos, cheios de incertezas, sem saber quem
realmente somos. Nossos problemas e preocupações são bem maiores, nossas
escolhas são decisivas, temos de nos virar sozinhos… e o pior e tudo… É que
ninguém mais espera por nós.
Tem
hora que me encontro absorta e me pergunto aonde estão meus amiguinhos de
escola… como estão… que rumo tomaram suas vidas. Encontro com uns que casaram e
formaram uma família, fico sabendo de outros que estão viajando o mundo, e
algumas que realizaram um sonho de menina.
Eu
ainda quero aprender muita coisa nessa vida, conhecer muita gente, amar muito
mais, chorar muito mais!!!
Nesse
exato momento não faço idéia de quem eu sou, o que eu sei é que daqui a um
tempo, um bom tempo, vou lembrar dos dias de hoje e ter a certeza de quem fui…
Assim como no tempo de escola!
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